Sicut Cervus




Como o cervo… Fecisti nos ad te, Domine, et irrequietum est cor nostrum donec requiescat in te… O nosso coração, a nossa alma tem sede de Deus. Como o cervo que deseja as fontes de águas puras para refrescar-se, assim também a nossa alma deseja a Deus para viver… E o cervo corre pela floresta buscando pela fonte… e o homem corre pelo mundo, no seu muito que-fazer, nas suas preocupações e ocupações… e sempre segue inquieto, e sempre sente que lhe falta algo… fecisti nos ad te, Domine… fizeste-nos a ti, Senhor… E sim, o homem segue buscando…

O cervo anela pela água que o saciará… sicut cervus, o homem, como o cervo também anela, mas anela a Deus que colocou no mais íntimo do homem este desejo  de estar unido a Ele. O homem não sabe muitas vezes o que procura; mas sente só este vazio e segue, por isso, buscando…

Sicut Cervus… o homem deseja a Deus, e quando o encontra, quando entende que o anelo mais profundo do seu coração é Deus mesmo encontra um tesouro, aquele escondido no campo e já sente que ali, em Deus a sua alma repousa… Irrequietum est cor nostrum… o nosso coração estará inquieto… 

sentimos este desejo profundo e buscamos com as coisas do mundo saciar, de certa forma esta sede que temos, sede de eternidade, sede de Deus…

Mas como podemos buscar, nas coisas do mundo, nas coisas finitas saciar o infinito? O nosso coração é uma porta aberta ao infinito. O mundo não o pode saciar, mas sim o eterno, só Deus.

Sicut Cervus ad Fontes… o cervo vai às fontes para saciar a sua sede. E tu, ó homem, onde buscas saciar a tua sede? Donec requiescat in te… enquanto não descansar em Deus… Se buscas saciar a tua sede de eterno com as coisas do mundo, eu te digo já: ali não poderás. É que Deus te fez para coisas muito maiores, te criou para a eternidade…


É só ali, em Deus, com o olhar para o alto que saciarás teu coração, que tem sede de Deus, que tem sede do eterno… Como o cervo que deseja repousar-se e refrescar-se nas fontes de água, assim a nossa alma tem sede de Deus, e deseja em Deus descansar, e só ali, no silêncio, na intimidade com Deus o nosso coração repousará. 

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