E o nome da Virgem era Maria
Faz-me
digno Maria de louvar-te, de escrever as proezas que o Senhor fez em ti. Que o
teu Magnificat se estenda por toda a terra e todos os homens cantem o teu
louvor. Que o amor que os homens têm por ti aumente, pois não há Estrela mais
brilhante, não há Lua mais cheia, não há flor mais bela que nos orienta para o
céu, que nos ilumina na noite escura, que perfuma o ar como tu o fazes, oh Mãe
de Deus!
Era o sexto
mês da concepção de João, o Batista. Isabel era uma mulher avançada em idade. Não
tinha tido filhos. Para uma mulher judia, não ter filhos significava uma
maldição. Ao contrário, ter filhos era sinal da bênção de Iahweh para com esta
mulher. Deus olhou para Isabel e na sua vergonha a consolou fazendo-a conceber.
Neste sexto
mês, o Anjo Gabriel é enviado por Deus a uma cidade da Judéia chamada Nazareth.
Nazareth. Se fosse hoje, não sairia nos mapas. Era uma cidade pequena,
insignificante. Nada importante. E para lá o Anjo foi enviado. E enviado a uma
virgem prometida em casamento a um jovem chamado José, da casa e descendência de
David. O evangelho diz que o nome da virgem era Maria.
Durante
esta época, todos sabiam que o Messias deveria chegar. Talvez muitas donzelas
de várias partes de Israel pensavam que poderiam ser a mãe do Salvador. Isso
não passava pela cabeça de Maria. Deus poderia ter escolhido para ser a sua mãe
uma jovem rica da época, pois princesas não faltavam. Nem faltavam jovens bem
formadas e instruídas, de famílias nobres. Mas não. Deus escolheu uma simples
jovem de Nazareth, uma cidade insignificante da Judéia, uma virgem de nome
Maria.
É que Deus
não olha o exterior, diz a escritura, mas olha o que o homem leva no mais
dentro do seu ser. E Deus viu o coração desta virgem, tão cheio de amor, tão
cheio D’Ele mesmo. Ele viu a humildade de sua serva, d’Aquela que disse ao
Anjo: “eu sou a Escrava do Senhor”.
E o nome da
Virgem era Maria, diz o Evangelho de Lucas. Deus, dentre todas as belezas da
terra, todas as árvores mais folhosas e frutíferas, todas as montanhas mais
altas e nevadas, todas as praias mais esplêndidas e refrescantes, todas as
flores mais belas e perfumantes reuniu numa só criatura e a chamou Maria. Ele não
podia nascer de qualquer mulher, e por isso pensou na sua Mãe. Ele é o único
que pode dizer: “eu mesmo criei a mais bela das criaturas e a chamei de Mãe”. E
essa Mãe se chamava Maria.
E o nome da
Virgem era Maria: nome que faz o céu exultar, os Anjos cantarem, os Santos se
inclinarem, as águas acalmarem, as flores perfumarem. Nome que está na boca dos
homens todos, dos mais devotos e dos que não a conhecem. Nome que é invocado
pelos pecadores, pelos aflitos, pelos doentes e necessitados. Nome mais doce
que o mel, mais perfumado que a Rosa, maior que o mesmo mar.
E o nome da
Virgem era Maria: nome que faz o inferno tremer, os demônios correrem, as correias
da escravidão do pecado romperem. Nome que salva o homem, que é consolo dos
cristãos, que traz paz às famílias, que implora junto de Deus por nós o perdão.
E o nome da
Virgem era Maria. A mais bela criatura saída das mãos de Deus, a Rosa mais
perfumada, a Estrela mais brilhante, a Lua que ilumina a terra na noite escura,
a porta que nos leva para o céu, a esperança dos pecadores, o terror dos demônios,
a alegria dos Santos, o canto dos Anjos, a Mãe de Deus.
São
Bernardo dizia que o nome de Maria significa Estrela do Mar. antigamente, os marinheiros
somente podiam guiar-se pelas estrelas e pela bússola. Uma noite escura e
nublada era uma noite difícil de navegar. Maria é a Estrela do Mar. Ela nos
guia, como as estrelas guiam os marinheiros, e já não para uma terra firme, para
um destino terreno, mas para a nossa pátria definitiva, o céu. Lá já não sofreremos,
já não caminharemos nem navegaremos. Chegamos à pátria eterna, à nossa casa,
aqui não somos mais que peregrinos e estrangeiros.
Maria, como
Estrela, nos guia a seu Filho Jesus. E é certo que como em noites escuras e
nubladas não vemos as estrelas, sabemos bem que elas lá no alto do firmamento
estão. Também assim com Maria. Algumas vezes as noites escuras da dor batem à
nossa porta, as tempestades do sofrimento atentam contra o nosso barco. E
pensamos que estamos sozinhos. Parece que não há esperança. Mas também ali está
Maria conosco, Ela nos guia e nos protege, e caminha, e sofre conosco.
Ela, que
esteve aos pés da Cruz e recebeu a Missão do mesmo Filho de ser a nossa Mãe,
nunca nos abandona, nunca nos deixa sozinhos. Maria é nossa Mãe, Ela é a
Estrela do Mar e no leva a Jesus. Ao final da vida, que consolo poder
pronunciar o nome tão doce de Maria e assim exalar o último suspiro. Se queres
ser bem santo, dizia São Luis, comece sendo muito devoto de Maria.
Maria, teu
nome é mais doce que o mel, tu és mais bela que todas as flores juntas, a
Estrela mais brilhante que já vi, a criatura mais perfeita das mãos de Deus.
Quem a ti se confia não fica jamais desamparado, tu nos cobres com teu manto,
tu caminhas conosco, tu nos levas a Jesus.
Onde já se
ouviu dizer, que alguém, por menor que seja, tenha implorado a tua intercessão
e por ti desamparado? Não, o Maria, ninguém pode dizer isso. O teu amor de Mãe
não o permite. Estás ao nosso lado naqueles momentos felizes, mas também nas tempestades
da nossa vida.
Maria, eu
me consagro inteiramente todo a ti. Tu és a Mãe do divino amor, eu quero amar,
e me ofereço a ti com tudo o que eu sou. Toma minhas mãos, Maria, para que eu
trabalhe contigo na obra da minha salvação. Toma meus pés o Maria, para que eu
caminhe contigo a Jesus. Toma meus lábios e minha boca, para que pronuncie o
teu doce nome dignamente. Toma sobretudo Maria, meu coração, para que ele ame a
ti, e por ti faça todas as coisas.
Enfim, sou
teu escravo oh Mãe de Deus, pois os que a ti, com esse amor se consagram, nunca
perecerão. Faz que o inimigo não triunfe sobre mim. Maria, nada mais te peço,
leva-me a Jesus, mostra-me o seu rosto. Amém.
Me coloco no colo de nossa Senhora e peço a cura do meu intestino e estômago!
ResponderExcluir