Incolla ego sum in Terra


Nesta terra somos somente estrangeiros, peregrinos que vamos em caminho à pátria celeste, ao seio da Santíssima Trindade, de onde viemos e aonde andamos[1]. Nossa única certeza neste mundo é que um dia morreremos. Mas a morte não é o fim da nossa existência. É somente a porta que nos levará desta terra onde não somos mais que estrangeiros com o tempo, ao seio da Santíssima Trindade, na sua Eternidade.

É certo, nós estamos no mundo e devemos cuidar das coisas dessa terra e do nosso corpo, que também é um dom de Deus. Mas não somos do mundo, não pertencemos ao mundo, e não somos senhores deste mundo. A nossa pátria é o céu, e o nosso olhar deve sempre fixar as coisas do alto, porque não ficaremos aqui, estamos somente em caminho.

O céu, é lá para onde se direcionam todos os peregrinos. Estamos em caminho, e o nosso caminho é andar para Deus, na direção do Horizonte, que nos levará ao eterno, para o céu. Algumas vezes o caminho é bastante fácil, mas nem sempre é assim. Passamos por belos campos com flores, mas ainda pelos desertos mais quentes e arenosos. Devemos lutar para manter o nosso olhar fixo na nossa meta: o céu e não nas coisas desse mundo.

E somos peregrinos neste mundo estrangeiro. Não somos turistas. Não vivemos na superficialidade das coisas, entramos dentro de nós mesmos, buscamos a intimidade com o mais além das coisas que contemplamos no nosso caminho. O peregrino não tira o seu olhar da sua meta: o céu e em definitiva Deus mesmo. No mundo, em caminho, mas não do mundo, peregrino. O olhar no céu, no horizonte da nossa vida, que passará e à eternidade que chegará.



[1] Cf. M. E. Oquendo Nogueira, S. M Lima Lemos, Tecendo o fio de ouro, Edições Shalom, Aquiraz, 2013, 42.

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